segunda-feira, novembro 27, 2006

Todas as postagens do Mulher Madalena

Segue aqui a lista completa de todos os textos publicados nestes dois meses de blog com seus respectivos links, separados por cada membro da equipe.

Boa leitura.

Camila Diniz

As várias faces de Maria Madalena
Daspu: elas também podem
Hilda Furacão: a mais desejada dos anos 50
Bruna Surfistinha: mais polêmica em novo livro
“Princesas” em cartaz na 30ª mostra de cinema: visões diferentes sobre o mundo da prostituição
Brasileiras são maiores vítimas de tráfico sexual em portugal

Douglas Carvalho

Mulher Madalena
O sucesso astronômico (e muito disfarçado) da Pornografia
Eles também estão por aí
Do sagrado ao profano: a Prostituição como forma de alcançar o divino
Prostituição em Rhythm and Poetry
Mulher Madalena encerra em grande estilo

Maíra Zanutto de Melo

"Prostiturismo" - um negócio lucrativo
Difícil vida fácil
Sobre os filhos das putas
Pesquisa revela o perfil da prostituta brasileira
Rede de prostituição internacional é desarticulada pela polícia
Polacas - uma breve história

Mariana Victal

Por quê?
A prostituição em cada país
Aids
A vila da prostituição
CISM
Ainda há quem se importe

Marina Costa

Legalizar ou não?
Sexo ou terapia?
O turismo sexual e a Fórmula 1 - uma ligação antiga
Moulin Rouge - o amor em todas as cores
Sem heróis, filmes mostra as conseqüências da pornografia desenfreada
Ex-prostituta indiana funda banco e contribui para a integração social das profissionais do sexo

Rafael Pacheco

Traição por fantasia - quando o homem paga pelo que não consegue em casa
O preço da inocência - prostituição infantil e pedofilia na internet (parte 1)
O preço da inocência - continuação
MM - Preconceito e polêmica
Chutando um pouco o balde
O bicho homem - a violência doméstica em questão

Ramon de Castro

A profissão mais antiga do mundo
Bruna Surfistinha, a "Paulo Coelho" do sexo
Universitárias britânicas se prostituem para pagar os estudos
Prefeita holandesa quer prostitutas no exército
Existem mais de 200 prostitutas menores de idade em Viena
A lenda está para ser descoberta

domingo, novembro 26, 2006

Mulher Madalena encerra em grande estilo

O projeto do blog Mulher Madalena chega ao fim hoje. Durante estes dois meses de postagens, foram abordados diversos aspectos inquietantes dentro do universo da prostituição. A história da pornografia; a legislação (às vezes curiosa) em certos países; a participação de ONGs no trato da questão; análises de filmes, livros e documentários; a questão do comportamento das pessoas diante da prostituição e textos recontando a história.

Na elaboração do conteúdo, foi feita muita pesquisa. Filmes, como Moulin Rouge - Amor em vermelho; Princesas; Irmão padre, Irmã puta e Nascidos em bordéis; o livro Riscos na prostituição - um olhar antropológico, de Denise Martin; O doce veveno do escorpião, da ex-prostituta Rachel Pacheco e a minissérie Hilda Furacão. Material que ajudou a compor tanto o design do blog quanto um panorama temático de reflexão.

A intenção deste projeto não foi tentar tornar a prostituição menos controversa. Muito pelo contrário. A intenção foi justamente mostrar os pontos mais polêmicos, levantando idéias interessantes tanto para "aceitar" a profissão quanto para condená-la.

Em nome de toda a equipe, expresso aqui os meus sinceros agradecimentos a todos os que nos acompanharam nesta empreitada, seja apenas com a leitura dos textos, ou mesmo os que contribuíram com opiniões nos comentários.

Apesar de ter sido um projeto ousado, imagino que tenhamos plantado boas idéias.

Muito Obrigado.

sábado, novembro 25, 2006

Brasileiras são maiores vítimas de tráfico sexual em Portugal

A maior parte das mulheres que são levadas para Portugal vítimas do tráfico para a prostituição é formada por brasileiras. Este é um dos resultados preliminares de um estudo sobre o tráfico humano para exploração sexual que está sendo realizado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.Segundo a pesquisadora Madalena Duarte, que apresentou nesta semana os resultados parciais do estudo, ainda não é possível determinar uma percentagem definitiva das brasileiras no total das vítimas."Ainda estamos computando os dados, que foram fornecidos pela Polícia Judiciária, pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e por organizações não-governamentais", afirma. "Mas todas essas entidades falam que cerca de 80% das vítimas de tráfico para a prostituição são brasileiras."
O estudo, coordenado pelo professor Boaventura Sousa Santos, de Coimbra, começou em fevereiro deste ano e vai terminar em junho de 2007. Estudos semelhantes estão sendo realizados em vários países europeus.Dois gruposNa pesquisa, foram identificados dois tipos de grupos que realizam o tráfico: o que trabalha com mulheres do Leste Europeu e outro que trabalha com brasileiras."Os grupos da Europa Oriental são mais organizados e, com eles, isso está normalmente associado a outros tipos de crimes como o tráfico de droga, o tráfico de armas, de mão-de-obra e a lavagem de dinheiro", afirma Madalena. "O tráfico de mulheres é um negócio atrativo por ter baixo risco e lucro máximo. Além disso, as mulheres pagam para vir", acrescenta.Uma das características do tráfico, de acordo com o estudo, é o regime de endividamento, que leva à escravidão, o que ocorre tanto com brasileiras como com gente do Leste Europeu."Eles retiram os passaportes e os vistos e ameaçam entregar à polícia, que iria repatriá-las. Elas vão acumulando dívidas, o que gera uma situação de escravidão", descreve a pesquisadora da Universidade de Coimbra.Madalena Duarte conta ainda que não há uma região portuguesa com maior incidência de tráfico de mulheres."Esse fenômeno está espalhado por todo o país. Não se confina aos centros urbanos", avalia. "No entanto, as zonas de maior impacto são Lisboa, o norte de Portugal e o Algarve."
Estereótipo: Para evitar que sejam criados laços, que poderiam romper com a situação de escravidão, as mulheres nunca passam muito tempo em um local. Mesmo nos itinerários para chegar ao país, as redes de tráfico procuram evitar o contato com as autoridades."Segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, as mulheres que vêm do Brasil, por falarem a mesma língua, poderiam ser interrogadas e revelar a rede", diz a pesquisadora. "Normalmente, elas entram por Paris, Madri ou outros países europeus."Madalena afirma que não são só as vítimas de tráfico que sofrem, mas todas as brasileiras, já que o tráfico "criou um estereótipo em relação às brasileiras". Como resultado do estudo, um Observatório do Tráfico de Mulheres e uma casa-abrigo para as vítimas serão criados após junho de 2007.

sexta-feira, novembro 10, 2006

“Princesas” em cartaz na 30ª mostra de cinema: visões diferentes sobre o mundo da prostituição


A história de "Princesas" do cineasta Fernando León de Aranoa, 38, traz a história de duas mulheres que escolheram o caminho da prostituição por motivos diferentes. Caye (Candela Peña) é espanhola e sua escolha pela prostituição tem a ver com uma fantasia, um desejo de fuga da vida burguesa a que sua família a condena. e Zulema (Micaela Nevárez) é uma imigrante dominicana, que está ilegalmente na Espanha e que tem na prostituição a única forma de ganhar seu pão.

O cineasta produz um filme sobre tudo o que as prostitutas fazem. Menos sexo. Tem como objetivo tratar da relação entre pessoas que compõem um mesmo grupo e que estão ligadas entre si ou por determinado contexto ou por alguma fatalidade, exaltando suas fragilidades.
Zulema enfrenta a violência de um amante que a espanca mas promete conseguir os papeis da sua legalização no país, e mil dificuldades com a polícia. "Uma abre a cabeça da outra. Enquanto Zulema mostra a Caye que a vida pode ser dura, Caye lhe apresenta a importância do aspecto emocional do que ambas vivem nas ruas", diz o cineasta.
Para contar a história de duas prostitutas que vivem em Madri, Aranoa freqüentou por alguns meses a Casa de Campo, conhecida zona de prostituição da capital espanhola. Quando saía as ruas e via as prostitutas com seus clientes ficava desinteressado, via aquilo como uma encenação. E a inusitada conclusão a que chegou foi que... não deveria fazer um filme sobre sexo. Nas palavras do cineasta: “ tive vontade de contar o que acontece no "backstage" desse teatro”.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Prostituição em Rhythm and Poetry


Seguindo a tradição das periferias e favelas de grandes cidades, a expressão dos sentimentos de revolta através da música também está presente quando o assunto é prostituição. Neste contexto, quem dá voz ao ativismo é Nega Gizza, no ritmo mais usado para estruturar a indignação: o Rap.

Irmã do renomado rapper MV Bill, Nega Gizza nasceu na favela do Parque Esperança, no subúrbio do Rio de Janeiro. Ela surge num cenário marcado pela participação quase exclusiva de homens: foi a primeira locutora de uma rádio voltada ao Rap, a Imprensa FM, no programa Hip Hop Brasil. Além disso, venceu o Hutus Rap Festival – o mais importante prêmio do rap na América Latina – na categoria “melhor demo de rap”.

Gizza é também fundadora e tesoureira de uma grande organização dedicada ao hip hop, chamada CUFA (Central Única das Favelas). Seu primeiro CD conta com um time de primeira na produção: Zégonz (o DJ Zé Gonzalez, do Planet Hemp, que também trabalhou com Xis), DJ Luciano, Dudu Marote (dono do selo Muquifo Records), MV Bill (seu próprio irmão), Gustavo Nogueira e Daniel Ganja Man (do coletivo Instituto, de São Paulo). Nega Gizza vem mostrar, em Na Humildade, lançado em 2001, que as mulheres também podem ter espaço num mercado dominado por rappers do sexo masculino; e sua voz forte e negra pode abrir os caminhos para toda uma nova geração de rappers femininas.

O que chama atenção no disco, além do time de peso que compõe a produção, é o cunho politizado das letras, que vão desde críticas a Antônio Carlos Magalhães e José Sarney (logo na primeira faixa, batizada Filme de Terror), até um relato do cotidiano das mulheres marginalizadas na prostituição.

Prostituta foi a primeira música de trabalho do disco, marcando, logo de cara, não apenas a intenção polêmica dessa nova artista mas também a capacidade de obter um resultado original e comprometido no cenário musical. Segundo o crítico musical Marco Antônio Basbosa, Na Humildade é “um disco de hip hop brasileiro no qual a força dos versos se equilibra com a parte musical. Intervenções eletrônicas na medida exata misturados a instrumentos de verdade, scratches e, acima de tudo, uma disposição de variar climas e ambiências a cada faixa. Viesse com vocais em inglês, passaria fácil por um chique trip hop, ou algo saído da nova escola rhythm'n'blues - dada a fluência com a qual Gizza apropria-se de diversas influências da música negra de ontem e hoje, mescladas a um hip hop injetado de melancolia.”

A música ainda faz parte da coletânea dupla Comp 01. – Orgânico/Sintético, também da Muquifo Records, que junta artistas com um arsenal não menos equipado do que o da cantora.

Segue abaixo a polemica composição que deu a Nega Gizza o status de revelação do Rap:

Prostituta

Ontem ví um anúncio no jornal
Vi na tv, no outdoor e em digital
Pediam mulheres com corpo escultural
Pra dar prazer a homens, mulheres e até casal
Mas, na real, o que eu quero é ser artista
Dar autógrafos, entrevista ser capa de revista
Quero ser vista bem bonita na televisão
Rolé de carro e não mais de camburão,não
Tô deprimida nesse ambiente de desgraça
Traficantes, parasitas, viciados psicopatas
Um baseado pra afastar essa fadiga
Dessa noite sedentária de orgia e mal dormida
Não choro mais, sei que me perdi
Tô consciente, o meu destino eu escolhi
Das pragas sociais sou a pior
Cocorococó, eu sou o efeito dominó
O lenocínio ofusca, induz,coage, atraí
O marinheiro aventureiro sorrateiro desembarca e cai
Sou de quem me vir primeiro
Sou a ausência do amor com a presença do dinheiro

Sou puta sim
vou vivendo meu jeito
Prostituta atacante
vou driblando o preconceito


Os crentes dizem que vendo a alma pro capeta
Sei muito bem que não sou mais mulher direita
Não sei se é certo, mas faço parte do bordel
Um redevú, que mais parece a torre de babel
Sinto os sintomas da fadiga no meu corpo
Mais sedativos aliviam as conseqüências desse aborto
A perversão deixa profundas cicratizes
Em desespero já tentei vários suicídios
Quem me vê aqui, sorri assim tão inocente
Não percebe a malícia da serpente
Dou mais um dois e alivio essa tensão,ou não?
Na madrugada toda puta é a imagem do cão,ou não?
Sem carteira vou guiando, sentido contra mão
Artigo cinco nove lei da contravenção
Vou despertando a libido de um velho ou de um menino
Considerada aqui na zona a rainha do erotismo
Sto agostinho é meu santo protetor
Contradição é minha marca na reza e na dor
Sou o retrato três por quatro desse povo brasileiro
Sou a ausência do amor com a presença do dinheiro

Sou puta sim
vou vivendo meu jeito
Prostituta atacante
vou driblando o preconceito

Ser meretriz triste e feliz, codinome vagabunda
Entre o mal e o bem vou deixar de ser imunda
Você acha que é falta de moral.
Promiscuidade
Excessiva
Seja puta dois minutos e sobreviva
Tenho sonho, amor e vaidade
Um téco ajuda suportar a enfermidade
As famílias me odeiam por causa da luxúria
Mas só vendo a minha carne, e meu carinho aquem
Procura
Entre logo, feche a porta meu cliente
Tire a roupa lave o sexo, tome a pasta escove o dente
Não pense no pecado, tenha decisão
Sou seu vídeo game, ligue aqui nesse botão
Goze logo o tempo é curto o preço é justo
Outros homens me esperam vá sem susto
A policia é apenas nosso risco
A justiça é apenas nosso cisco
A necessidade me leva a sobrevivência
A miséria me leva a indecência
As duas à loucura, intenso devaneio
Sou a ausência do amor com a presença do dinheiro

Sou puta sim
vou vivendo meu jeito
Prostituta atacante
vou driblando o preconceito


Sou prostituta na boca do povo conhecida como puta
Obrigada a conhecer as posições do kama sutra
Se meu filho chora sou eu, a mãe que escuta
Meu deus desculpa, não tenho culpa só fui a luta
Não sei se tenho o valor que mereço
Mas pra deitar comigo tem um preço
Pela minha mãe pelo meu filho tenho muito apreço
Foi num prostíbulo que achei meu endereço
Não me orgulho mas me assumo, menos mal
Quem roda bolsa ou faz programa, pra mim é tudo igual
Das cinzas as cinzas, do pó ao pó
Sem dó, os meganhas chegam o tempo fica bem pior
Vem dí menor, vem comigo no xilindró
Estar em casa com meu filho agora seria bem melhor
Não estou só, tenho deus comigo
Mas corro o risco de deitar com o inimigo
Bate o sino, meu filho deve tá dormindo
Enquanto eu inicio a vida sexual de um menino
os dezesseis só curtição, pensava em nada
Hoje aos 23 neurose a mil só transo angustiada
Aos 33 quem sabe velha e arrependida
Aos 43 só no esqueleto recordo a vida
Minha puta vida
Reflete o desespero
Sou a ausência do amor com a presença do dinheiro

segunda-feira, outubro 23, 2006

Bruna Surfistinha: mais polêmica em novo livro


"Para muitos, a prostituição é vista como vadiagem, pecado. Para mim, foi uma escola de vida. Onde aprendi a me conhecer e mais do que isso, a conhecer e respeitar o ser humano"
A escritora e ex-prostituta Raquel Pacheco, mais conhecida como Bruna Surfistinha, lança no final deste mês seu novo livro, O que aprendi com Bruna Surfistinha - Lições de uma vida nada fácil, em que conta suas experiências sexuais pessoas da mídia, como um apresentador de TV, um galã e um jogador de futebol em seus três anos de prostituição. O livro, da Panda Books, chega às livrarias com tiragem inicial de 20 mil exemplares - o dobro de O Doce Veneno do Escorpião. Segundo Bruna Surfistinha, a nova obra é uma continuação do seu sucesso O Doce Veneno do Escorpião. "Falo dos assuntos polêmicos e que fazem parte da vida de qualquer ser humano, independente da profissão", disse.
A primeira publicação foi lançado no final do ano passado e liderou por vários meses a lista dos livros mais vendidos no País, sendo até lançado em outros países. Veja trechos do novo livro com as opiniões de Bruna sobre alguns temas polêmicos
Sexo no casamento
"Se somos mais liberais do que outros casais? Não sei responder. Só sei que tudo o que fazemos na cama é bom, conhecemos as reações um do outro e não sentimos nenhuma vergonha por fazermos o que de bom o sexo pode oferecer. Eu não vou ficar aqui contando como são nossas transas. Primeiro, porque não acho bacana para nós dois. Segundo, são coisas que não se aprende nos livros: é preciso viver para entender. Uma coisa posso dizer: aprendi que sexo não é um bicho-de-sete-cabeças no relacionamento de um casal. E que estamos juntos não só por ele, mas por uma vida inteira a ser compartilhada ¿ com sexo, amor, carinho, compreensão, amizade..."
Teste do sofá
"E isso envolve tudo, desde mulheres que se prostituem por debaixo dos panos, que estão na mídia, mas se fazem de sonsas quando o assunto é prostituição. Eu não faço auê, finjo que não sei de nada, mas fico pasma com tanta hipocrisia! Mas olho querendo dizer: 'Eu sei, querida, que você é prima. Você não me engana!'. E não me engana mesmo. Eu poderia escrever uma lista dessas mulheres, algumas tenho como provar, já outras não, e até explicar que focinho de porco não é tomada, estarei respondendo por processos. Sim, porque estas mulheres morrerão sem ter assumido."
“Santos do pau oco”
"O que me incomoda de verdade é a hipocrisia das pessoas. Isso me tira do sério. O que mais vejo são seres humanos que se fazem de santos. Tudo bem que são santos do pau oco, porque duvido que alguém tenha um passado limpo, sem nenhum erro cometido. E acaba até sendo engraçado, e até patético, saber que esses 'santos' são os que mais me criticam."
Machismo
"A verdade é que muitos homens pagam por sexo, a maioria são casados e com filhos, mas não aceitariam de maneira alguma a possibilidade de ter uma filha prostituta. Saber que a mulher que eles escolheram para subir ao altar, jurar fidelidade e amor até que a morte os separe, foi, no passado, antes de conhecê-lo, uma profissional do sexo?? Nem pensar! Para a maioria destes homens é como se tivessem levantado a tampa do caixão."
Fonte: Terra networks

segunda-feira, outubro 16, 2006

Hilda furacão: a mais desejada dos anos 50

Hilda furacão um romance de Roberto Drummond, conta a A trajetória de Hilda, a mais desejada prostituta da zona boemia de Belo Horizonte nos anos 50. Filha de uma tradicional família de classe média, Hilda escandalizou a sociedade mineira ao romper com a família e com as convenções fugindo no dia do seu casamento e indo refugiar-se entre as prostitutas.A obra se encarrega de traçar o perfil de Hilda Furacão, uma mulher que desafiou a regra da moral e dos bons costumes numa época de repressão em que a sociedade, hipócrita, ditava as regras de conduta.
Drummond chegou a conhecer Hilda e ficou muito entusiasmado em relatar a sua história já que ela acabou sendo esquecida durante um longo tempo
A história se passa na pequena cidade de Santana dos Ferros, onde vivem três amigos inseparáveis, cada um deles com um sonho: Maltus quer ser frade dominicano; Roberto Drumond pretende fazer a revolução comunista; e Aramel, o belo, almeja o sucesso em Hollywood. Os planos dos três são afetados pelo surgimento de Hilda, por quem o frei Maltus se apaixona, passando a enfrentar um intenso conflito, dividido entre a castidade e o padre. O relacionamento causou uma série de boatos e preconceitos como provavelmente aconteceria hoje se a história se repetisse.