“Princesas” em cartaz na 30ª mostra de cinema: visões diferentes sobre o mundo da prostituição
A história de "Princesas" do cineasta Fernando León de Aranoa, 38, traz a história de duas mulheres que escolheram o caminho da prostituição por motivos diferentes. Caye (Candela Peña) é espanhola e sua escolha pela prostituição tem a ver com uma fantasia, um desejo de fuga da vida burguesa a que sua família a condena. e Zulema (Micaela Nevárez) é uma imigrante dominicana, que está ilegalmente na Espanha e que tem na prostituição a única forma de ganhar seu pão.
O cineasta produz um filme sobre tudo o que as prostitutas fazem. Menos sexo. Tem como objetivo tratar da relação entre pessoas que compõem um mesmo grupo e que estão ligadas entre si ou por determinado contexto ou por alguma fatalidade, exaltando suas fragilidades.
Zulema enfrenta a violência de um amante que a espanca mas promete conseguir os papeis da sua legalização no país, e mil dificuldades com a polícia. "Uma abre a cabeça da outra. Enquanto Zulema mostra a Caye que a vida pode ser dura, Caye lhe apresenta a importância do aspecto emocional do que ambas vivem nas ruas", diz o cineasta.
Para contar a história de duas prostitutas que vivem em Madri, Aranoa freqüentou por alguns meses a Casa de Campo, conhecida zona de prostituição da capital espanhola. Quando saía as ruas e via as prostitutas com seus clientes ficava desinteressado, via aquilo como uma encenação. E a inusitada conclusão a que chegou foi que... não deveria fazer um filme sobre sexo. Nas palavras do cineasta: “ tive vontade de contar o que acontece no "backstage" desse teatro”.
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