As várias faces de Maria Madalena
Maria Madalena, ou Maria de Magdala, é sem dúvida uma das figuras mais polêmicas da história cristã. Pelos Evangelhos Canônicos (os textos aceitos pela Igreja Católica) ela é apresentada como uma prostituta que, arrependida de seus pecados, procura por Cristo e o segue até o fim.
A chegada de Maria no meio dos discípulos teria causado mais revolta entre aqueles que duvidavam de Jesus. A postura preconceituosa da época questionava: como um homem que se dizia santo poderia ter contato com uma mulher “impura”? Mesmo assim Maria Madalena esteve presente na vida de Cristo nos momentos mais importantes, sendo também, pelos evangelhos, a primeira a testemunhar sua ressurreição.
Porém, ao longo do tempo, novas versões da vida de Madalena começaram a surgir. Recentemente, o livro O Código da Vinci narrou nossa personagem como principal apóstola de Cristo, além de sua esposa e mãe de seus filhos. Apesar de ser um romance fictício, Dan Brown o relata como uma realidade. Ele teria baseado suas afirmações nos Evangelhos Apócrifos do Novo Testamento, além dos escritos gnósticos (ambos não aceitos pela Igreja). Os católicos argumentam que Jesus Cristo, o suposto filho de Deus, não veio à Terra para casar com uma humana e ter filhos. Portanto, para os preceitos desta Igreja, Maria Madalena não foi e nem poderia ser esposa de Cristo.
Um outro texto traz mais uma visão sobre Madalena. O “Evangelho de Maria” narra que ela foi a discípula em que Cristo mais confiava e confidenciava informações que não eram passadas para os outros apóstolos, o que causava uma certa inveja entre os eles. Este texto, porém não traz a idéia de que ela tenha sido sua esposa.
Hoje, principalmente na Europa, Madalena é sempre invocada pelas pessoas que se prostituem ou de alguma forma se sentem excluídas. Histórias não faltam sobre a vida dessa mulher. Argumentos, contradições. Uma pessoa cuja vida é tão debatida quanto nosso tema central: a prostituição.
Comentários; <$BlogItemCommentCount$>:
Bom texto, creio que Madalena fosse mesmo a mulher de Cristo e não uma antiga prostituta. Mas essa discussão, por causa da imagem da igreja, nunca será resolvida.
Beijos!
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